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Acerca do Plano Divino
Aparições Marianas
Escala do acontecimento
Aparência da Senhora de Luz
Cronogramas
Videntes
A vidência
Frutos
Mensagem
Fátima
Consagração da Rússia
Terceira parte do segredo
O mistério da Irmã Lúcia
Ezquioga
Garabandal
A vida espiritual é livre, não tem de se sujeitar a qualquer crivo ou dogma interposto por uma hierarquia eclesiástica -- que é humana -- entre o Divino e cada alma. As aparições marianas, pela sua abundância e elevação, manifestam tal liberdade no quadro de referências do misticismo cristão. Esposa espiritual do Pai e Mãe de Jesus, a Intermediadora é a Rainha do Céu. Nada ocorre no Espírito Santo que Ela não aprove.
A seguinte citação do Padre René Laurentin constitui a melhor introdução ao tema das aparições de Maria:
Se Deus, compassivo com a negligência dos homens, envia o seu Filho ou Nossa Senhora para dizer-lhes, de novo, com dardos de fogo e luz, o que eles esqueceram, para convertê-los, para envolvê-los na história da Salvação, isso é uma boa notícia, talvez notícia urgente nesta hora do mundo. Então, porquê tanta desconfiança, tanta agressividade, tanta repressão, perante a mera contemplação das aparições?
Laurentin, René: Multiplication des Apparitions de la Vierge Aujourd'hui. Fayard, 1995.
Conchita, vidente principal em Garabandal.
Tal como a vida terrena e a vida no Espírito, a espiritualidade, interface das duas, foi designada pelo Criador para ser vivida em liberdade plena. Se esse Criador intervém para conceder graças e exercer a sua misericórdia sobre os destinos desacertados, nunca interfere no livre arbítrio das criaturas, que Ele quer à sua imagem e semelhança, livres. Por tal, as hierarquias religiosas devem constituir-se como assistentes e não como juízes. Ora, no campo dessas manifestações gloriosamente livres e justas de Maria, como noutras áreas, tem sido o contrário, descontado o critério e a prudência, indispensáveis.
René Laurentin, o grande especialista das aparições marianas.
Escala do acontecimento
O aspecto mais saliente das aparições da Virgem Maria, Mãe de Jesus, Rainha do Céu, é a sua espantosa frequência. Segundo a Wikipedia, estão referenciadas mais de duas mil aparições, isto é, quando o vidente ou videntes relatam a experiência e obtêm crédito suficiente, da família, da gente local, eventualmente do padre. Quantas aparições não terão ficado no olvido? Talvez não muitas; a intenção da Mãe é fazer-se lembrar e não é de crer que a estratégia divina deva falhar.
Na Wikipedia são listadas as oitenta aparições “mais conhecidas.” Entre estas, cinquenta e sete na Europa, das quais, doze em Portugal, a maioria em Itália, uma em África (Kibeho), duas no Egipto (Zeitoun e Assiute), uma na Síria (Damasco), uma na Rússia, seis no Extremo Oriente, três nos EUA, seis na América do Sul, das quais, duas no Brasil.
A lista, embora possa elucidar a distribuição geográfica relativa das aparições, é ilusória. René Laurentin, o grande especialista em aparições marianas, refere que há centenas, apenas na segunda metade do século XX. A última edição do livro é de 1995. Laurentin faleceu em 2017, com 99 anos. Que terá ocorrido, entretanto?
No site Miraclehunter.com encontrará, o leitor interessado, completo, cuidado e actualizado ficheiro das aparições marianas, distinguindo as reconhecidas pela hierarquia religiosa das que o não foram ou ainda não são.
Não fosse Laurentin, não se teria ideia da extraordinária amplitude do fenómeno, do milagre. Os media, é claro, só excepcionalmente dão conta destes e de outros prodígios. E, quando dão, é sob o signo do sensacionalismo estéril ou da polémica envenenada.
Guadalupe, Fátima e Lourdes, pela afluência de peregrinos (dez, oito e cinco milhões, anualmente) monopolizam a atenção dando uma ideia, falsa, de extrema raridade das aparições. Medjugorge e Garabandal continuam sob o jugo cautelar da autoridade religiosa. Ezquioga, no país basco, como Garabandal, entrou no olvido. A portentosa manifestação de Zeitoun, Cairo, 1968, é geralmente desconhecida, mesmo dos crentes.
Só vinte e oito casos foram acolhidos pela Igreja Católica. Destes, doze, aprovados como expressão de fé mas não reconhecidos, estão em apreciação, alguns desde há muitas décadas; a peregrinação é admitida, porém, a celebração religiosa deverá omitir qualquer referência ao conteúdo da aparição. Por mais lisonjeiras que hajam sido quaisquer manifestações de simpatia ou apreço oriundas dos altos escalões da hierarquia, a intransigência é de regra. Conchita, vidente de Garabandal, foi recebida amavelmente por Paulo VI; porém, a natureza sobrenatural das aparições foi rejeitada, ainda que reconhecida e, até, antecipada pelo Padre Pio.
No início do excelente documentário: Garabandal Cascata Inesgotável, é lembrado que “os acontecimentos mais importantes da História, são, por vezes, os que se ignoram e silenciam...”
https://www.youtube.com/watch?v=k_FQ3Funw7A ou em
Garabandal Cascata Inesgotável.
Em 1991, os bispos pronunciam-se sobre Medjugorje cujas aparições se haviam iniciado dez anos antes:
Nós bispos, após estudos feitos por uma comissão ao longo de três anos de duração, aceitamos Medjugorje como um lugar santo, como um santuário. Isto significa que nada temos contra se alguém venera a Mãe de Deus, de modo e também de acordo com os ensinamentos e as crenças da Igreja. Entretanto, estaremos prosseguindo com os nossos estudos. A Igreja não tem pressa.
A Igreja não tem pressa… Nem as aparições de Medjugorje findaram ainda. Entretanto, o fim dos tempos aproxima-se. A conspiração satânica, iniciada no início dos tempos, atinge o ápice, pela generalização da mentira e da sanha genocida, envolvendo todas as instituições humanas e fazendo indispensável uma excepcional intervenção divina.
Aparência da Senhora de Luz
A Senhora surge envolta num brilho intenso do qual se destaca por um brilho ainda mais intenso. No entanto, tal brilho, radiante, percebido como muito mais forte que o do Sol, não incomoda nem prejudica a observação do vidente.
Por vezes, a aparição faz-se preceder de algum sinal, luz que atravessa o céu, trovão (raramente), brisa ou vento, claridade ambiente alterada; sinais também perceptíveis aos circunstantes.
Nalguns casos, a Senhora aparece de uma névoa ou situa-se sobre uma nuvem. Nem sempre se deixa tocar ou toca no vidente. Algumas vezes, ostenta adereços simbólicos. Apresenta-se só ou acompanhada de um ou dois anjos ou traz uma criança nos braços.
O vestuário: túnica longa, cintada ou não; por vezes, os seus pés são visíveis; manto, a cabeça coberta ou não. A túnica é branca, o manto pode ser branco ou azul claro; já aconteceu que o vestuário seja de um tom indefinível, como que cinza claro.
Quando visíveis, os cabelos são longos; por vezes, ondulam suavemente. A cor da pele é diversa, branca, trigueira, negra na Aparecida do Norte. Os olhos, esses, são quase sempre azuis. A idade aparente varia; mas é sempre jovem, muito jovem, entre os quinze e os dezoito anos, com frequência. O seu olhar é acolhedor, suave. Conforme o diálogo que estabelece, pode chorar, sorrir ou, mesmo, rir caso divertida pela simplicidade do vidente.
No entanto, a Senhora de Fátima, descrita detalhadamente por Lúcia, não segue boa parte dos elementos tal como atrás descritos. Qualquer tipificação será meramente ilustrativa. Só um elemento permanece: a Senhora de Branco é, também, a Senhora de Luz, a Senhora Vestida de Sol.
Cronogramas
A Virgem determina antecipadamente o dia e hora da próxima ou de próximas aparições. O local também é determinado. Porém, ocorrendo contratempo, o vidente pode acolher a visão onde estiver.
As aparições a cada vidente ou, sendo vários, pelo menos ao vidente principal, costumam ser numerosas e mais ou menos frequentes. Por vezes, a data das aparições tem significado particular; ou é um tempo do calendário religioso ou o aniversário do vidente, o aniversário do nascimento da Virgem, também.
A Virgem quase sempre anuncia o termo do ciclo de aparições. Perante o pesar e a insistência do vidente para que continuem as visitas, lembra-lhe que continuará a acompanhá-lo, ainda que invisível. Findas as aparições, os benefícios espirituais prolongam-se; é a confirmação da promessa que a Virgem fez ao vidente, comprovada pelo posterior percurso pessoal daquele. A recordação e celebração da aparição, pelos crentes, redunda em fé mais robusta, eventuais curas e graças.
As aparições podem prolongar-se por anos. As de Medjugorje ainda se mantêm, ao fim de quarenta anos.
Mirjana, vidente de Medjugorje.
As aparições de Garabandal prolongaram-se de 1961 a Novembro de 1965. Em Fevereiro do ano seguinte, Conchita ainda recebeu uma importante locução interior de Jesus, de conteúdo privado. Lúcia recebeu uma significativa aparição de Maria, em Junho de 1929, doze anos depois de Fátima, estando já recolhida em Tuy.
Quando um milagre físico acompanha a aparição, muitas vezes a pedido do vidente, aquele pode permanecer, no seu efeito, muito para lá do período em que ocorreram as visões. Seja a estátua da Virgem Maria que derrama lágrimas, por vezes lágrimas de sangue, seja óleo que escorre de um ícone ou do corpo do vidente (Damasco). É um milagre permanente.
Algumas aparições são acessíveis a um único vidente. Outras têm como beneficiários três, quatro ou mais videntes. Geralmente, o público presente nada vê ou ouve senão a atitude e palavras dos videntes.
Porém, nas aparições do Egipto, se a Virgem não falou, apresentou-se, prolongadamente, a multidões. Em Zeitoun, arredores da cidade do Cairo, a partir de 2 de Abril de 1968, ao longo de três anos, foram milhões os videntes – cristãos de todas as denominações, muçulmanos, ateus, poderosos e humildes – que observaram a figura brilhante da Virgem sobre o tecto exterior de uma igreja copta. Sentiu-se intenso odor a incenso misturado com outros perfumes.
Our Lady Of Zeitoun - The Virgin Mary Apparition in Egypt
A Virgem em Zeitoun, Cairo.
Perante tão espectacular e persistente manifestação do maravilhoso, há os que classificam a aparição de Zeitoun de maior milagre desde a ressurreição de Jesus Cristo.
Os detractores clamam à fraude; fraude como? Pois se houve tempo de escrutinar os locais em busca de alguma aparelhagem, iniciativa que a polícia logo empreendeu. Um suposto projector holográfico? Estamos em 1968; e que fosse hoje… Mesmo uma projecção comum exige infraestrutura demasiado evidente. Alucinação colectiva! Clamam outros. Explicação algo forçada, desesperada. Há fotos e, mais decisivo que as fotos, o testemunho de milhares e milhares que se sucederam ao longo de mais de dois anos diante do templo copta sobre o qual pairou a Senhora de Zeitoun. Resta sempre a hipótese extra-terrestre…
Formação do que foi referenciado como “pombos”,
voando em torno da Virgem, em Zeitoun.
Depois, Assiut, entre 2000 e 2001. Em Warraq, a 11 de Dezembro de 2009, início do mês de Maria, a aparição durou entre a uma e as quatro da madrugada.
Videntes
A caracterização dos videntes é pouco exequível, tal a variedade, em termos de idade e de condição social. Predominam as crianças de sexo feminino, do meio rural. Talvez o grupo humano adequado. Mais fiáveis que os rapazes, muito mais confiáveis que os doutos.
Poderá dizer-se que são almas simples e mentes quietas. A investigação tem demonstrado que não há histéricos ou desequilibrados entre os videntes. Nem antes nem depois das visões. A maioria seguia e seguiu, tranquilamente, a normalidade das suas vidas. As quatro videntes de Garabandal casaram bem. A principal vidente de Medjugorje expõe, em permanência, a dignidade da sua atitude. Lúcia de Fátima, criança pouco escolarizada mas inteligente, apesar do traumático mediatismo que a envolveu, das provações a que foi sujeita pelas autoridades locais, da morte prematura dos seus primos co-videntes, soube resguardar-se e desenvolver uma personalidade segura e discreta. Numa palavra, os videntes são, sem excepção conhecida e como se costuma dizer, “pessoas boas” ao invés de ambíguas “boas pessoas.”
Os pastorinhos de Fátima: Lúcia, Francisco e Jacinta.
Não há procura de protagonismo; a maioria dos videntes receia revelar a aparição e receia, ainda mais, referir o conteúdo das mensagens. Têm de ser animados, tranquilizados, intimados pela Virgem a que o façam.
A curiosidade pública, a suspeita das autoridades religiosas, o escárnio dos descrentes irão perturbar enormemente a pacatez das suas vidas. Depois, enchem-se de admirável força e coragem, não soçobram diante da pressão, cumprem a sua parte.
Conchita foi intimada a renegar e cedeu. Cedeu a ponto de duvidar. No que fora avisada pela Virgem.
Doze anos depois, em 1929, ainda a virgem “repreende” Lúcia por não ter conseguido que a autoridade religiosa cumprisse o determinado: a consagração, pelo Papa em união com todos os bispos do mundo, da Rússia ao seu Imaculado Coração!
A vidência
Durante as aparições, os videntes entram em êxtase. O êxtase do vidente manifesta-se pela concentração na vivência própria, a qual o impede de perceber ou sentir o que o rodeia. As meninas de Garabandal foram beliscadas e queimadas sem que o sentissem, ainda que as marcas assim deixadas no seu corpo fossem bem reais.
No entanto, o êxtase do vidente difere de outros êxtases místicos em que o êxtase não resulta de uma diminuição da percepção exterior para dar lugar à percepção sobrenatural, como acontece nas práticas carismáticas, esotéricas, hipnóticas ou em situação de quase morte. Durante a vidência, o êxtase é induzido por uma manifestação interior potentíssima que se sobreleva à normal percepção exterior, sem a anular.
A vidente Alphonsine reproduz, ao microfone, o que a Senhora lhe diz (Kibeho, Ruanda, entre 1981 e 1989) .
As quatro meninas de Garabandal deslocam-se velozmente pelos caminhos acidentados da aldeia, recebem dos devotos que ali se encontram rosários, os quais, depois de beijados pela Virgem, são devolvidos exactamente a quem os entregara.
Alphonsine, a principal vidente de Kibeho.
Durante o êxtase, observam-se, por vezes, anomalias físicas no vidente. O seu peso aparente e a rigidez muscular aumentam, a ponto de não ser possível levantá-lo ou movê-lo. Nas videntes de Garabandal observou-se uma espécie de levitação que lhes permitia “correr” sobre os caminhos pedregosos da aldeia a grande velocidade, sem dar passadas largas, até de costas voltadas.
Uma testemunha, a Srta. Ascencion de Luís, descreveu num relatório, com data de 18 de março de 1962. um desses "vôos": "A partir da aldeia, subindo a rampa rochosa até ao pequeno bosque de pinheiros que pendia na direcção da aldeia... A menina subia a rampa e descia novamente para trás numa velocidade incrível." Por vezes as jovens faziam lembrar aviões planando no ar quando aparentemente sobrevoavam o terreno, de braços estendidos, tocando apenas o chão com as pontas dos pés.
https://www.apostoladodegarabandal.com
Há possessão, mas por parte do Espírito Santo, não do demónio.
Frutos
A afluência ao local das aparições ou visões é imediata, quase sempre, avassaladora. Garabandal, aldeia distante e exígua, com maus caminhos, vê-se, num instante, invadida por milhares de pessoas de todas as condições. O mesmo ocorreu em Fátima e, até, nos países onde a autoridade comunista, embora já vacilante, ainda vigorava, como a Jugoslávia, Polónia, Ucrânia, Rússia, China.
O sentimento do milagre próximo provoca forte comoção em muitos presentes. As conversões são aos milhares. Ocorrem curas. A aparição difunde a fé para lá da limitação geográfica.
Celebração em Kibeho.
Na sequência da aparição, inicia-se um culto, objectivado no local pela eventual construção de capela, igreja ou catedral (muitas vezes, a pedido da própria Virgem), e pela consagração de uma figura de estatuária. À Senhora é atribuída designação que a particulariza (Senhora do Carmo, das Dores, do Rosário, da Aparecida, etc.)
Não deve surpreender. Cada aparição manifesta uma faceta especial da personalidade ultra-humana da Virgem. A personalidade espiritual ultrapassa a simples pessoa para se projectar numa pluralidade de pessoas.
Se a aparição confirma a sua dignidade e recolhe o entusiasmo da gente, a hierarquia tolera, colabora até, mas exime-se ao reconhecimento da sua verdade sobrenatural.
Entretanto, o local físico não cessa de impregnar-se da espiritualidade que os peregrinos aí depositam; verdadeiro alimento e inspiração dos que vêm depois.
Medjugorge.
Mensagens
A mensagem de Maria é simples e directa; nem metáforas nem mistérios. Os termos são diversos, adequados ao receptor, o conteúdo é o mesmo: oração, penitência, conversão, paz...
A interpretação é fácil: – robustecer a Fé no contacto com Deus; – dar prioridade à vida no Espírito; – renascer, reactualizando, em cada dia, o baptismo; – seguir a lei universal, a do amor.
Recomendações que se reúnem numa lembrança: – Não esqueçam, existimos! Não nos esquecemos de vós, continuamos a sofrer convosco e por vós! É a mensagem silenciosa mas insistente, brilhante, de Zeitoun.
“Graças e Misericórdia,” julgou ler a vidente de Fátima, Lúcia, em Tuy, durante a despedida da Virgem Consoladora. O que interpretou, justamente, como descrição da acção do Espírito (Santo) de Deus a sustentar os nossos passos, a afeiçoar o caminho, a amparar-nos em cada queda...
A Virgem também pede que se ore pelos aflitos do purgatório. E lembra a realidade do inferno. Realmente, a verdadeira vida abre-se após a morte. Mas não como privilégio gratuito. O trabalho continua, a purificação da alma é indispensável antes que reintegre plenamente o Reino de Deus. A purificação é limpeza radical. Quanto da pessoa de cada um de nós sobrará? Quanto desperdício? Dos que vão para o inferno nada sobrará, é a morte no espírito, a definitiva.
Perante a impiedade reinante, a Virgem avisa: – O cálice está cheio. A fim de salvar os poucos, muitos perecerão! É a Providência Divina. Que mais pode fazer o Pai se o prémio ou o preço da existência, seja a do animal ou a da alma, é a liberdade?
Pode perguntar-se se as aparições pertencem tão só à Igreja ou se se incluem na espiritualidade em geral. Talvez a pergunta seja irrelevante. As aparições pertencem a todos pois a todos se dirigiu a Virgem.
A insistência na oração do Rosário pode parecer pueril a quem não pratica as aparentes formalidades do culto. Mas repare-se que também em práticas alheias ao cristianismo (hinduísmo e budismo) se faz uso de instrumento equivalente. Seja qual for o teor do recitado, desde que relevante, a sua repetição visa alcançar um estado de relaxamento, contemplação, de meditação dirigida. Um estado de receptividade à presença da alma.
Rosário cristão e japamala hindu.
São tão singelas e justas as mensagens! Porquê o receio da hierarquia religiosa, tão claramente exposto na citação seguinte de um santo tímido?
... a alma pura, cautelosa, simples e humilde, com muita força e cuidado, tem de resistir a revelações e outras visões, como tentações muito perigosas (São João da Cruz, Subida ao Carmelo).
A que pode responder-se, citando Laurentin:
Não acreditarei em nada? Se essas aparições que restauraram a minha fé são uma ilusão para si, não seria lógico concluir que tudo é uma ilusão, ou que a verdade religiosa deve ser buscada fora da Igreja?
O facto é que as aparições se situam, pelo menos nos tempos modernos, nos lugares mais baixos da escala de valores administrada pelos eclesiásticos.
A cautela é de regra. Infelizmente, as comissões de inquérito são, demasiadas vezes, meras formalidades e, ainda demasiadas vezes, formalidades falsificadas (embora as normas sejam rigorosas, extensas e articuladas). Suspeita-se da estratégia de reduzir a importância da aparição a um oportuno empurrão na fé difusa das multidões. Quando a manifestação parece inócua, quase se renuncia a investigar, deixa-se correr. O conteúdo, o significado profundo da manifestação divina, esse, recolhe ao olvido.
Ora, as aparições não se destinam a alimentar o folclore. Possuem um propósito muito sério ou não teriam sido decididas no Reino dos Céus.
É como se a hierarquia religiosa tivesse patológico ciúme de que o amor divino não seja por si canalizado, ao manifestar-se, directamente, no diálogo com o simples povo de Deus. Como se Deus lhe houvesse outorgado patente de exclusividade.
Nas iluminadas palavras do padre Laurentin:
A função das aparições não é completar o Evangelho, no qual Cristo já disse tudo o que é necessário para a Salvação, mas apenas trazê-lo de volta aos nossos olhos cegos e aos nossos ouvidos surdos; actualizá-lo de acordo com os novos tempos e lugares, manifestar novas virtualidades, a sua vitalidade. As aparições dizem menos respeito à fé do que à esperança, disse Tomás de Aquino. Guiam o futuro. Vivificam o Evangelho em novas situações históricas ou geográficas. Estes signos sensíveis expressam, mais uma vez, a sua proximidade, a sua presença, a sua familiaridade e a sua potência.
Portanto, as aparições têm uma função bem estabelecida a desempenhar; uma vez compreendida tal função, devem ser recebidas com alegria, como uma graça de Deus, como uma estrela na noite da fé.
A aceitação plena dos termos e do conteúdo de uma aparição é um risco para quem pretende manter o controlo absoluto da verdade. Fátima foi uma embaraçosa lição para a hierarquia católica.
Se as mensagens da Virgem são simples e insistentes, nem por isso são limitadas. Muito menos, tíbias. E são actuais, tão exactamente actuais quanto têm de ser; inconvenientes, se necessário.
A Mãe não é associada de nenhuma confraria, é a Rainha do Céu e, portanto, Rainha da Terra. Tão livre quanto cada criatura de Deus. Se a privação da liberdade humana é crime, a ocultação, o boicote da expressão da liberdade da Mãe é blasfémia atroz. Disse Jesus: “quem ofender o Filho será perdoado mas não quem ofender o Espírito Santo.” Ora, a Mãe é a mais plena e exacta personificação do Espírito Santo.
Fátima
Vejamos, pois, Fátima, a “Fátima que se impôs à Igreja” nas palavras do há muito falecido cardeal Cerejeira.
Foi na aparição de 13 de Julho de 1917 que a Virgem comunicou aos pastorinhos o famoso “segredo de Fátima.” A primeira parte do segredo é a visão do Inferno, indispensável para que os videntes (e o mundo) interiorizassem a gravidade do que está sempre em jogo. Claro que tal visão é uma mera figuração impressiva; discutiremos a eventual natureza do inferno em tópico ulterior.
A segunda parte do segredo é directa e claríssima:
A guerra (1914-1918) vai acabar mas, se não deixarem de ofender a Deus, começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo pelos seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
Para o impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.
Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé...
A narrativa formal da primeira e segunda partes do segredo é elaborada em 1941, por Lúcia, a vidente sobreviva, a pedido do bispo de Leiria. Mas certamente que o teor do pedido da Virgem, tal como se encontra no segredo, havia sido comunicado, muito antes, às autoridades religiosas para que o pedido pudesse ser atendido tão breve quanto possível!
A luz desconhecida que antecederia a punição apresentou-se em 1938, na noite de 25 para 26 de Janeiro, sob a forma de uma excepcional aurora boreal, de grande intensidade, em tons vermelhos, visível em todo o mundo, mesmo na Austrália, hemisfério sul. Em Março, as tropas de Hitler avançam sobre a Áustria tendo em vista a anexação desse país ao Reich alemão. Como é sabido, após a Segunda Grande Guerra, várias nações desaparecem sob o jugo soviético.
Lúcia relata a aparição tardia da Virgem que lhe foi concedida a 13 de Junho de 1929, quando estava em Tuy:
Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade e recebi luzes sobre este mistério que não me é permitido revelar.
Depois, Nossa Senhora disse-me: – É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do Mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio.
São tantas as almas que a justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora.
Consagração da Rússia
Mais tarde, por meio de comunicação íntima, a Mãe informa Lúcia:
Não quiseram atender ao Meu pedido!… Como o rei de França (refere-se a Luís XVI), arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo, provocando guerras e perseguições à igreja: O Santo Padre terá muito que sofrer.
Só em Março de 1984, já se adivinhava o colapso da União Soviética, João Paulo II, em união com os bispos do mundo inteiro, faz, na Praça de S. Pedro, a Consagração, não da Rússia em especial mas do Mundo em geral, ao Imaculado Coração de Maria. A determinação que a Virgem emitira, com nota de urgência, em 1929 é cumprida, mas ainda elusivamente, cinquenta e cinco anos depois!
Em plena Segunda Grande Guerra, Outubro de 1942, no seguimento dos insistentes pedidos que lhe foram endereçados a partir de Portugal pela Beata Alexandrina, Pio XII consagrou toda a humanidade, em especial a Rússia, ao Imaculado Coração de Maria. Consagração que não obedecia ao determinado pela Virgem, desde logo porque não foi em comunhão com os bispos.
Antes da consagração por João Paulo II em 1984, já em Novembro de 1964, Paulo VI, ao encerrar a III Sessão do Concílio Vaticano II, confiara o género humano ao Imaculado Coração de Maria, aproveitando para proclamar Nossa Senhora como Mãe da Igreja e concedendo a Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima.
Três proclamações, a quantidade a sobrepor-se à qualidade, a denunciar a má consciência dessa Igreja que, iludindo a gente, atirando-lhe poeira aos olhos, esqueceu que não pode iludir o Plano Divino.
Tibieza da Igreja, conivência com o comunismo satânico ou as duas coisas? Afirmar, como o fez “o renomado mariologista” Gabriel Roschini que “a consagração da humanidade ao Imaculado Coração de Maria de 1942 é a maior honra imaginável, a mais elevada manifestação da veneração mariana" é “virar o bico ao prego,” pura hipocrisia ou inconcebível ignorância.
Ao longo dos anos, Lúcia insistiria, em vão, para que se desse cumprimento cabal à determinação de Maria: consagração da Rússia, pelo Papa, em união com os bispos de todo o mundo!
Terceira parte do segredo
Já em 1944, Lúcia, então com 37 anos de idade, instada, redige a narrativa da terceira parte do segredo. Entrega o manuscrito ao bispo de Leiria, encerrado num envelope que este lacra e guarda. Recomendava que não se revelasse o conteúdo antes da sua morte ou, não sendo possível, o mais tardar em 1960, quando o significado da mensagem se tornasse mais claro.
A Virgem ordenara-lhe, em Julho de 1917: “Isto (a terceira parte) não o digais a ninguém. Ao Francisco sim, podeis dizê-lo.” É que Francisco não ouvia o que a Virgem dizia; só conseguia ver as imagens que Aquela fazia aparecer aos videntes.
Quando interrogada, em 1924, no decurso do processo canónico, Lúcia declara: “A seguir, a Senhora confiou-nos algumas palavrinhas recomendando-nos que as não disséssemos a ninguém senão ao Francisco.”
Que palavrinhas seriam?
Em 4 de Abril de 1957, o referido envelope é depositado no Arquivo Secreto do Santo Ofício. Pio XII, falecido a 9 de Outubro de 1958, não o chega a abrir. Terá tido conhecimento da sua existência?
A 17 de Agosto de 1959, João XXIII lê o segredo (terceira parte) mas decide não o divulgar. Em Março de 1965, é a vez de Paulo VI optar pela não divulgação.
Entretanto, em 1960, o Vaticano, a fim de justificar a não publicação da terceira parte do segredo na data determinada por Lúcia, declara, em comunicado de imprensa:
Embora a Igreja reconheça as aparições de Fátima, ela não deseja assumir a responsabilidade de garantir a veracidade das palavras que os três pastores disseram que a Virgem lhes dirigiu.
Enfim, a 26 de Junho de 2000, o Vaticano publica, finalmente, o texto integral do “terceiro segredo” acompanhado por um comentário teológico da autoria do cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (sucessora do Santo Ofício) e futuro Bento XVI.
O “terceiro segredo” divulgado pelo Vaticano consiste numa visão apocalíptica em que o Papa e os seus acompanhantes, clérigos e leigos, é sacrificado por uma turba de soldados no alto de uma montanha onde uma cruz se ergue.
Onde estão as “palavrinhas” que Francisco, vidente mas não audiente, não conseguira captar?
Lúcia cometeu uma indiscrição no seu manuscrito de 1941. Iniciou a transcrição das “palavrinhas” da terceira parte do segredo: “Em Portugal se conservará sempre o dogma da fé...”
Ocorre perguntar: e algures, que não em Portugal, que ocorre com a fé? Certamente que as tais “palavrinhas” que Lúcia sempre achou que deveriam publicar-se o mais tardar em 1960, transmutadas em 2000 em uma mera e despropositada, porque redundante, visão hão-de ser fortemente embaraçosas para a hierarquia vaticana.
O mistério da Irmã Lúcia
Não escolarizada, Lúcia foi uma criança prodígio. Tendo insistido muito, conseguiu ser admitida à primeira comunhão com seis anos. A idade habitual eram os dez, uma vez que a criança deverá ter obtido, antes, um conjunto de elementos de fé relativamente extensos. Nas suas memórias, recorda algumas experiências místicas que viveu, já nessa época.
Em 1921, com 14 anos, Lúcia foi internada no Colégio de Vilar, das Irmãs Doroteias, no Porto. Ficava, assim, ao abrigo do assédio dos milhares de peregrinos que confluíam em Fátima. Em 1925, entra, como postulante, no Instituto das Irmãs de Santa Doroteia, em Pontevedra. Professa em 1928, já em Tuy. Em 1934, é destinada a Pontevedra e, em 1937, volta a Tuy. Em 1946 recebe ordem para regressar a Portugal. Fica no Colégio do Sardão das Irmãs Doroteias.
Recorde-se que, por esta altura, já havia redigido quatro memórias que lhe haviam sido requeridas por insistência do bispo de Leiria e, sobretudo, do insigne padre Galamba, com o propósito aparente de apreciar a personalidade de Jacinta, a outra vidente, tendo em vista a sua beatificação. Também insistiu, o padre Galamba, na transcrição da terceira parte do segredo, o que Lúcia fez nos moldes já referidos.
Em Março de 1948, foi dispensada pelo Papa dos anteriores votos, entrando no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, onde a respectiva regra impõe rigorosa clausura. Mesmo as visitas de familiares devem ser pouco frequentes; nestas, o contacto há-de ser distante e evitar-se-á falar de assuntos profanos.
Irmã Lúcia, Fevereiro de 1947, no Colégio do Sardão das Irmãs Doroteias; em 1949, noviça carmelita.
Ampliação dos rostos nas fotos acima. Algo anómalo?
A irmã carmelita “Lúcia,” entrevistada mais tarde, afirmará que foi plenamente obedecida a ordem de consagrar a Rússia. Avalizará, ainda, os termos da terceira parte do segredo, tal como o Vaticano os publicitou em 2000…
Para um estudo detalhado sobre o segredo de Fátima:
Ezquioga
A partir de 30 de Junho de 1931 e ao longo de três anos, a Virgem Maria apareceu a várias crianças na encosta de um monte, na aldeia de Ezquioga , no país basco, em Espanha. Os primeiros videntes foram Antonia Bereciartu, de onze anos, e seu irmão Andrés, de sete; logo vieram outros, até se contarem várias dezenas de videntes. São gente rural, simpáticos, bons costumes, humildes e serviçais, enfim, pessoas completamente normais. Foi comparecendo uma multidão de fiéis. A 4 de Julho, mais de 500 pessoas reuniam no campo, com vários sacerdotes, para rezar o rosário; nos dias seguintes eram mais de 40 mil.
Como é natural, surgiu quem se assustasse com tal avalanche. Os inimigos do sobrenatural, nacionalistas bascos e os republicanos, no governo, tentaram opor-se a essas manifestações de fé religiosa qualificando-as de ridículas, enganosas, negócio de gente aproveitadora.
Antonia e André Bereciartu.
O governo republicano, em Madrid, logo começou a colocar toda a espécie de obstáculos e a desacreditar as aparições por todos os meios ao seu alcance. Responsabilizavam as autoridades eclesiásticas pois aquelas manifestações sobrenaturais afrontavam os republicanos (cripto-comunistas) os quais vinham a perseguir a religião, com o incêndio de igrejas e casas religiosas.
O bispo local, desterrado em França, por desafeição com o regime republicano, negociou com o governo o seu regresso na condição de renegar o carácter sobrenatural das aparições. Assim, algum tempo depois, veio a condenação das aparições pelas autoridades da cúria de Vitória. Jornais, revistas e boletins dedicaram-se a desinformar, como muitas vezes ocorre, falando em fraude e engano, ocultando o que não lhes interessava. Cobertas de ridículo e anátema, as aparições ficaram sepultadas no mais absoluto esquecimento.
O chefe do governo, Manuel Azaña, maçon de ideologia comunista arraigada, receava que Ezquioga pudesse converter-se em outra Covadonga a iniciar um ressurgimento cristão. Azaña declarou: ‘Temos de acabar com tudo em Ezquioga.”
Os videntes de Ezquioga afirmaram que a Virgem lhes comunicou que daí a poucos anos ocorreria uma guerra civil na Espanha (ocorreu, de 1936 a 1939) e que venceria o lado nacionalista (o que sucedeu).
O teor das prolíficas mensagens marianas não se afasta muito do que, depois, a Mãe disse em Garabandal e, eventualmente, já teria dito em Fátima (na terceira parte da mensagem, mantida em segredo pelo Vaticano):
Virá um tempo em que a fé em mim declinará de tal modo que poucos a conservarão. Tão grande será a perseguição dos maus contra os justos que estes terão de sofrer um autêntico martírio. As coisas chegarão ao cúmulo, mas quando a mão do homem não puder mais e tudo parecer perdido, eu colocarei a minha mão e resolverei as coisas.
Vim à Terra porque Satanás dominou o mundo... A causa de ter vindo a Ezquioga está na deserção dos ministros de Meu Filho, que não frequentam, apropriadamente, as suas igrejas. Por isto procuro outras queridas almas, para que trabalhem, no que eles se esquecem... Jesus Cristo, Meu Filho, está muito ofendido, pelo ultraje que, ultimamente, tem recebido do mundo e quer enviar um castigo. Mas Eu sou a Mãe de todos, vim avisar os Meus filhos para que se emendem antes de receberem o castigo do Pai.
Tão grave é o caminho em que as coisas vão que, pela primeira e única vez, a Mãe aparece empunhando uma longa espada.
Garabandal
Em 18 de Junho de 1965, numa das últimas aparições, a primeira foi em 1961, veio o arcanjo São Miguel. A Virgem falou pela boca Dele. Mais tarde, a Virgem confidenciou a Conchita, a vidente principal, que não foi Ela a vir pois que não queria ser Ela a transmitir uma mensagem tão pouco agradável:
Como não se cumpriu e não se deu a conhecer ao mundo a minha mensagem, vos digo que esta é a última. Antes, o copo estava a encher-se agora está a transbordar. Muitos cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no caminho da perdição levando muitas almas com eles. Dá-se cada vez menos importância à Eucaristia. Devemos evitar a ira de Deus, com os nossos esforços… Já estais nos últimos avisos. Quero-vos muito e não quero a vossa condenação. Pedi-nos sinceramente e vos daremos… Deveis sacrificar-vos mais. Pensai na Paixão de Jesus.
A Virgem ordenara a Conchita que a mensagem fosse lida, imediatamente, à porta da igreja de Garabandal, para que todos ouvissem. O que, naturalmente, preocupou o pároco local. Como a desculpar-se, Conchita manifestou, pouco depois, a seguinte opinião:
De nada nos serve crer nas aparições se não cumprimos a mensagem… Como todos sabemos, a Virgem disse aqui o mesmo que em Lourdes e em Fátima. Não disse nada de novo…
Para saber mais sobre Garabandal:
Diário de Conchita de Garabandal
Pérez, Ramon. Les Apparitions de Garabandal -- L'Ultime Avertissement? Éditions Résiac. 1996.
Videntes de Garabandal em êxtase.
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